Do mesmo modo que o Cumaru cresce pequenino, com caule fino e fácil de quebrar, somos moldados ao longo da vida. A nossa planta, ao longo das temporadas, vai engrossando o tronco, já não é a mesma, tornou-se uma árvore que suporta a mais covarde e ambiciosa seca. Seu caule enrugado e suas fortes raízes mostram a sua força, e seu cheiro característico deixa a vida espalhada pelo ar.
A seca vem forte, todos vão embora, e ela parece também ter ido, mas não foi, ela esta ali, apenas examinando uma solução e suportando o que lhe foi dado. Ela sabe que como qualquer outro problema, a seca irá embora, as águas irão voltar, e como todas as irmãs de habitat ela estará ali firme e ainda mais forte.
Se são parecidas, o que o Cumaru tem de importante?...nem todas as plantas e nem todos os homens, passam por seus problemas com toda a força que as caatinguenses passam, e o Cumaru ali, desnudo, com seu lindo tronco avermelhado, descascando em pleno sol do meio dia, sem poder reclamar de um politico, do chefe, da vida ou de Deus, continua sua existência de fases, e com a chegada da chuva, mostra-se imponente, suas folhas verde-avermelhadas, me dizem que tudo pode vir, tentarei passar, lutarei, ficarei forte, e se conseguir vencer, mostrarei minhas lindas folhas , mas se o problema for grande pra ultrapassar, não ha nada dimais, sem reclamar, continuarei no sol, descascando e exalando meu perfume.